Observadores estrangeiros querem copiar experiência eleitoral brasileira

05/10/2008 - 11h45

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - Sete observadoresestrangeiros  que estão no Brasil acompanhando o processo deeleições municipais a convite do Tribunal Superior Eleitoral, cumprem, emCuritiba, uma verdadeira maratona desde ontem(4).  Eles acompanharam adistribuição das urnas no Tribunal Regional Eleitoral,  o sorteio das urnas para a votação paralela,tiveram uma “aulinha”  com noções básicasde como funciona uma zona eleitoral, demonstração e simulação nas urnas eletrônicas e visitaram a central deatendimento. Hoje(5),três observadores do Quênia,  dois deMoçambique e dois da Palestina acompanham o voto doseleitores em Curitiba e região metropolitana, visitam o  plantão judicialmontado na Universidade Católica  paraver como são efetuados os processos de infração e boca de urna,  acompanham todo o encerramento da votação ecomo são transmitidos os dados para a central do tribunal.

Segundo o diretor de operaçõesdas eleições em Mocambique, Mário Ernesto, é umaemoção “muito grande ver de perto como funcionam as eleições no Brasil. Viemosjá sabendo do nível de organização e de transparência com que  são realizadas em todo o país”.  Mas, segundo ele, é preciso acompanhar todo oprocesso para levar experiências que aqui estão sendo bem sucedidas.  “As eleições em Moçambique estão num processode mudanças rápidas. Já estamos implantando sistema informatizado para oregistro eleitoral e esperamos realizar uma eleição piloto aplicando o que estamos aprendendo aqui”, disse. 

Lucas José, também deMoçambique,  confessou sua admiração coma transparência do pleito brasileiro e com a agilidade da totalização dosvotos. “ O povo aqui fica sabendo quem ganhou atémesmo  no dia da eleição, lá sãoaproximadamente 15 dias, o que gera desconfiança em relação aos órgãos queadministram  o processo eleitoral”.  As próximas eleições municipais de Moçambique serão no dia 19 de novembro. Segundo eles, não dará tempo para implantarqualquer mudança, mas garantiram que as próximas eleições já serão diferentes.