Paulo Bernardo diz que pacote é coisa do passado

01/10/2008 - 18h16

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Com afrase “pacote é coisa do passado”, o ministro doPlanejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo,respondeu hoje (1º) aos questionamentos sobre informaçãoatribuída a ele de que o governo faria mudanças notexto do orçamento de 2009.A divulgaçãodas mudanças no orçamento foi feita pelo jornal OGlobo na edição de hoje.O ministro disseque recebeu o jornalista ontem (30), que lhe perguntou se poderiammudar alguns parâmetros na avaliação docrescimento e da receita, em função da nova realidadedo mercado internacional. “Eu lhe disse que não”,relatou. Paulo Bernardo lembrou que a elaboração doorçamento envolve também o Ministério da Fazendae a Casa Civil, além do presidente da República, e “senenhuma conversa houve nesse fórum, ela não existe”.A notícia “é falsa”, segundo o ministro, eaté despertou a curiosidade do presidente da ComissãoMista de Orçamento do Congresso Nacional, deputado MendesRibeiro Filho (PMDB-RS), que telefonou ao ministro quando leu amatéria, pela manhã. Paulo Bernardo lhe disseque “tomou um susto” com a “desinformação”,tanto quanto o presidente da comissão, e lhe assegurou que “sehouver necessidade de fazer qualquer coisa, teríamos queconversar com o Congresso”, onde a proposta do Executivo estásendo analisada. Caso surja necessidade nesse sentido, disseele, “vamos conversar no final de novembro, ou começo dedezembro. Pode ser que até lá tenha acontecido algumacoisa que justifique mudar alguns parâmetros. Por enquanto, nãotem nada”. O impacto da crise econômico-financeiranorte-americana, no Brasil, até agora, conforme Paulo Bernardofoi a redução de linhas de crédito. Ele estáconfiante de que haverá um “distensionamento” paramelhorar a oferta de crédito, assim que o Congressonorte-americano aprovar o pacote de US$ 700 bilhões parasocorrer os bancos.Atençãoao crédito foi uma das recomendações dopresidente Luiz Inácio Lula da Silva, na reunião decoordenação realizada na manhã de hoje, noPalácio do Planalto. Segundo o ministro, o presidente Lulalembrou que a oferta de crédito precisa ser preservada e teriadestacado a proximidade das festas natalinas.