Arrecadação de tributos federais no acumulado do ano é recorde

25/09/2008 - 15h35

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A arrecadação dos tributos federais fechou os primeiros oito meses do ano com recorde. Segundonúmeros divulgados hoje (25) pela Receita Federal, foram arrecadados R$ 451,975bilhões, montante 10,33% maior que o acumulado no mesmoperíodo do ano passado.Somente em agosto, ogoverno federal arrecadou R$ 53,93 bilhões. O valor é omaior já registrado para o mês, representando alta de4,26%, na comparação com agosto de 2007. As variaçõessão corrigidas pelo Índice de Preços aoConsumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial dogoverno.Apesar da alta, ocrescimento da arrecadação desacelerou no últimomês. Até julho, a alta das receitas tinha sido de 11,2%,descontado o IPCA.Segundo a Receita, o aumento da arrecadação foi provocado, principalmente,pelo crescimento da economia, que impulsionou as vendas, a produçãoindustrial, os lucros das empresas e a massa salarial.Os tributos que registraram maior crescimento de janeiro a agosto foram o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), com alta real - descontado o IPCA- de 151,72%. No início do ano, o governo elevou as alíquotas do IOF sobre operações de crédito para compensar o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).A receita da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) registrou asegunda maior elevação: 28,21%. De acordo com a Receita, esse aumento foiprovocado pela elevação da alíquota de 9% para 15% da CSLL das instituições financeiras e pelos lucros maiores das demais empresas registrados neste ano, o que elevoua arrecadação do tributo.Na contramão das receitas recordes, a arrecadação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) registrou queda de 20,44% no acumulado doano. Essa baixa, avalia a Receita, corresponde à desoneração da Cide para agasolina e o diesel, anunciada em maio, para impedir que o aumento do preçodos combustíveis nas refinarias fossem repassados aos consumidores.