Sindicato dos metalúrgicos de SP e Mogi já tem novo presidente

22/09/2008 - 17h19

Maria Eugênia Castilho
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes decidiu hoje (22), em reunião com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, o nome do novo presidente do sindicato. Será Miguel Eduardo Torres, secretário-geral, que assume a presidência devido à morte, no último sábado (20) do líder sindical Eleno Bezerra. A secretaria, por sua vez, será assumida por Carlos Andreu Ortiz, atual 1º secretário.Em nota, Torres afirmou que "o momento é de tristeza, mas também muito importante, porque temos que levar adiante a nossa luta, a campanha salarial e tantos outros projetos importantes, em nome do próprio companheiro Eleno. E vamos fazer isso com unidade e determinação, como faria o próprio Eleno".Para Paulinho, "os metalúrgicos têm uma responsabilidade muito grande nas lutas do movimento sindical brasileiro, muita representatividade, e são referência para outras categorias. Nossa missão é tocar esta luta, que tinha o Eleno à frente. Não podemos parar", disse.Torres é ativista sindical desde 1979 e esteve sempre à frente nas lutas e conquistas da categoria metalúrgica. Em 1998, coordenou a Campanha de Arrecadação e Distribuição de Alimentos aos Irmãos Nordestinos (campanha contra a fome) e, em 2000, coordenou, junto com o então deputado federal Luiz Antonio de Medeiros, a Marcha para Brasília pelo pagamento das perdas do FGTS e pelo aumento do salário mínimo. Em 2002, foi membro titular do Conselho Nacional da Assistência Social (CNAS).Ele ajudou a promover a Campanha Salarial Emergencial, em 2003, junto com Eleno Bezerra, e é coordenador dos Cursos de Formação de Delegados Sindicais. Torres já foi suplente de diretoria, 3º vice-presidente e, desde 2003, ocupava a secretaria-geral do sindicato. Também é um dos coordenadores da festa do 1º de Maio da Força Sindical.Em 2007, junto com Eleno, coordenou a campanha salarial que garantiu um reajuste salarial de 7,45%, com 2,6% de aumento real e novos benefícios. Também foi um dos coordenadores da 4ª Marcha dos Trabalhadores para Brasília.