Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Pacientes em tratamento no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira contam a partir de hoje (22) com um centro de reabilitação para pessoas que tenham limitações físicas permanentes e que sofram com a dor decorrente do tratamento. A unidade, ligada à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, é uma das poucas que têm ligação com a rede pública e funciona no próprio prédio do hospital. De acordo com a coordenadora do centro, a médica fisiatra, Cristina Brito, a unidade tem uma área de 221 metros quadrados e capacidade para atender a cerca de 150 pessoas por dia. Os atendimentos começam na próxima quarta-feira (24) por pacientes que devem passar por uma avaliação entre hoje (22) e amanhã (23). Eles terão à disposição dois fisioterapeutas, uma terapeuta ocupacional, uma fonoaudióloga e dois médicos fisiatras. “Além disso, teremos a terapia de enfermagem, que consiste em uma enfermeira que ajudará no auto-cuidado, ou seja, controle das funções excretoras, o que é muito importante para esses pacientes”. O Centro de Reabilitação do Instituto do Câncer contará ainda com sessões de acupuntura que ajudam no controle da dor. Terá ainda uma área de simulação das tarefas do dia-a-dia como levantar da cama, cozinhar, lavar louça, cuidados pessoais, para readaptar as funções perdidas com a doença ou durante o tratamento. Um fonoaudiólogo será o responsável pelo cuidado das funções de deglutição, linguagem, alimentação e escrita. Segundo Cristina, o hospital, que está em funcionamento desde maio, quando estiver funcionando plenamente, realizará cerca de 1,5 mil internações, 33 mil consultas ambulatoriais, 1,3 mil cirurgias, seis mil sessões de quimioterapia e 420 de radioterapia por mês.