Ministro diz que Previdência tem como suportar envelhecimento da população

18/09/2008 - 13h25

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Para o ministro daPrevidência Social, José Pimentel, a tendência deenvelhecimento da população não pode ser vistacomo fator de risco para as contas da Previdência Social. Naavaliação de Pimentel, a Pesquisa Nacional por Amostrade Domicílio (Pnad) 2007 apresentou dados positivos quepermitem caminhar para uma Previdência sustentável.“Na verdade, a Pnadsó nos trouxe boas notícias, pois a vida mais longa paranossas famílias é motivo para comemorar. Cabe a nósda Previdência criar condições para financiarcobertura para todo mundo”, disse o ministro. Ele fez questãode ressaltar que a necessidade de financiamento da Previdência(déficit) decresce a cada ano. “O Orçamento2008 apresenta uma necessidade de financiamento de R$ 44 bilhõespara a Previdência. No entanto, com os cálculos quefizemos neste mês de agosto, já é possívelafirmar que será no máximo de R$ 38 bilhões. A necessidade de financiamento está reduzindo muito. Secompararmos os sete primeiros meses de 2008, com os sete primeirosmeses de 2007, houve uma redução de 20% na necessidadede financiamento”, destacou Pimentel.Pelos cálculosdo Ministério da Previdência, dos R$ 38 bilhõesque devem ser usados neste ano para cobrir o déficit, R$35 milhões destinam-se ao financiamento da área rural eR$ 3 bilhões da área urbana. “Esses númerosestão com o viés de baixa. Com a ampliaçãoda oferta de emprego com carteira assinada, mais a recuperaçãoda massa salarial, o ganho real que os trabalhadores estãotendo e a boa gestão que foi implantada na previdênciapública brasileira, a previdência urbana caminha paraser superavitária” destacou Pimentel. Para ele, até2010, não haverá mais déficit na previdênciaurbana. Outra ressalva feitapor Pimentel é que o IBGE considera população emidade ativa aquela composta por pessoas com mais de 10 anos de idade. Já aPrevidência considera população economicamenteativa as pessoas com mais de 16 anos. “Fazendo esse recorte, vamosobservar que o percentual de trabalhadores que contribuem para aPrevidência se eleva para algo em torno de 64%”.“Estamosfazendo um grande esforço para ampliar a coberturaprevidenciária. Hoje temos 40,88 milhões trabalhadorescom carteira assinada contribuindo para a Previdência Social.Nesse público, em torno de 37 milhões sãoregulares e o restante, eventual, ou seja, são os autônomos”.