Lula voltará a defender a produção de biocombustíveis na ONU

18/09/2008 - 14h47

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Brasil continuarácomprometido com a utilização de fontes renováveisde energia, principalmente os biocombustíveis, mesmo com asrecentes descobertas de petróleo na costa brasileira. Estaserá a mensagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silvaem seu discurso na abertura da 63ª Sessão da AssembléiaGeral da Organização das Nações Unidas(ONU), na próxima terça-feira (23), em Nova York. De acordo com oporta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach,o presidente Lula vai defender o multilateralismo como importanteferramenta para equacionar as crises ambiental, de alimentos eenergética. O presidente, ainda segundo o porta-voz, vaienfatizar que os biocombustíveis não são osculpados pela crise dos alimentos, e podem ser uma oportunidade paraos países em desenvolvimento. A produçãode biocombustíveis foi defendida por Lula no ano passado nasede da ONU. O presidente tambémvai apresentar as iniciativas brasileiras para o combate àfome e à pobreza, durante uma reunião de alto nívelda ONU sobre metas de desenvolvimento do milênio. Segundo Baumbach, opresidente vai pedir que a comunidade internacional mobilize recursosadicionais para combater a pobreza, além de sugerir um esforçoconcentrado para elevar a produção de alimentos nospaíses pobres, incluindo a eliminação dossubsídios concedidos pelos países desenvolvidos aosprodutores agrícolas. Emoutro evento de alto nível sobre as necessidades dedesenvolvimento da África, Lula deve ressaltar que a produçãode etanol de cana-de-açúcar pode ser uma oportunidadepara que o continente viabilize seu desenvolvimento. O ingresso do Brasilcomo membro permanente do Conselho de Segurança da ONU deveser defendido novamente por Lula. O assunto será tratado emencontros bilaterais com representantes de diversos países. O presidente tambémvai defender a candidatura do professor brasileiro AntônioAugusto Cansado Trindade à Corte Internacional de Justiça.Segundo MarceloBaumbach, apesar de não estar prevista a realizaçãode reuniões específicas para tratar da crise econômicamundial, o tema deverá ser abordado informalmente nosencontros bilaterais dos presidentes e em outras reuniõesrealizadas na ONU. O porta-voz disse queLula defende que os países que estão no epicentro dacrise devem tomar as medidas necessárias para que ela sejacombatida o mais rápido possível e para que nãoprejudique o desenvolvimento dos países mais pobres. Ainda em Nova York, opresidente Lula será homenageado, em um jantar, com a insígniade ouro da Sociedade das Américas e do Conselho das Américas.Ele também receberá o Prêmioao Sucesso Internacional 2008, da agência de notíciasInter Press Service (IPS). A partida do presidentepara os Estados Unidos está prevista para as 15h de domingo(21). Lula deve estar devolta em Brasília na próxima sexta-feira (26), às9h.