Telefonia é serviço com maior número de reclamações

11/09/2008 - 20h13

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O serviço de telefonia é o que recebe o maior número dequeixas de clientes em Procons do país. Dados do Sistema Nacional deInformações de Defesa do Consumidor (Sindec), que centraliza estatísticas dereclamações feitas em todo o Brasil, demonstram que o setor é o primeiro no rankingdos mais reclamados há anos.Em entrevista à Agência Brasil, Juliana Pereira,coordenadora-chefe do Sindec, órgãovinculado ao Ministério da Justiça, afirmou que as fabricantes de telefones e asoperadoras de cartão de crédito vêm logo atrás.De acordo com o Procon-SP, só na capital paulista foramregistradas 3.268 queixas contra empresas de telefonia fixa entre janeiro ejunho deste ano. Já contra fabricantes de telefone foram 1.902 e contraoperadoras de cartão, 1.704.O atendimento, disse Juliana, é o principal motivo de queixacontra as operadoras de telefonia. Segundo ela, o problema é tão grave que umdecreto presidencial foi publicado em julho fixando normas para o melhortratamento dos clientes usam os serviços de atendimento aoconsumidor (SACs) ou call centers.As novas normas entram em vigor em dezembro deste ano.Procurada pela Agência Brasil, a Associação Brasileira deConcessionárias de Serviço Telefônico Fixo Comutado (Abrafix) informou, viaassessoria de imprensa, que a telefonia fixa só lidera o ranking de queixas emnúmero absolutos. Proporcionalmente, o número de queixas contra o setor nãoultrapassa 1% do número de seus clientes - percentual menor do que o apresentado por outros segmentos.A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica(Abinee), que representa os fabricantes de aparelhos telefônicos, informou, emnota, que “tem acompanhado as manifestações dos consumidores nos Proconsde todo país e orientado suas associadas para que aprimorem as ações de atendimento para reduzir os problemas que os telefones possam apresentar”.Já a Associação Brasileira das Empresas de Cartões deCrédito e Serviços (Abecs) não deu resposta à Agência Brasil até a veiculação desta matéria.