Voluntários deficientes também contribuem nas Paraolimpíadas

10/09/2008 - 16h35

Danilo Macedo
Enviado Especial
Pequim (China) - Além dos atletas com deficiência que competem em busca de medalhas edão alegria ao público, outro pequeno grupo também supera suaslimitações para contribuir com o sucesso das Paraolimpíadas de Pequim.Dados da organização contabilizam três cadeirantes quetrabalham no Estádio Ninho de Pássaro, mais 12 nos arredores e 10deficientes visuais na Vila OlímpicaApesar do número pequeno - são 44 mil voluntários ao todo - a turma dos deficientes nãopassa despercebida. Assim como os atletas, a cadeirante Lu Mengjia,28 anos, se esforça todos os dias para dar o seu melhor. Mesmo com distrofia muscular, o que a impede de se levantar por contaprópria e também de erguer os braços, ela está sempre disposta aajudar, exibindo um belosorriso e muita confiança aos que buscam informações.Lu é a responsável por indicar os locais procurados pelos turistas que facilmente se perdem dentrodo imenso complexo esportivo. A atividade exige que a chinesa fale muito durante seu turno de cinco horas. Mesmo com sede de tantofalar e suada por causa da placa de aço que dá sustentação àscostas, ela não se permite beber nem comer enquanto está trabalhando. “Eu tento e evito os dois pois ter que ir ao banheiro é um sacrifício”,diz.O fascínio pelos esportes fez com que a chinesa Lu se candidatasse avoluntária para as Olimpíadas e Paraolimpíadas. Ter deficiência não a impede de contribuir. Ao contrário, segundo ela, é um estímulo. “Em meus 20 anos escolares, eu recebi muita ajuda. Agora éa minha vez de retribuir”, explica.Confira mais matérias sobre as Paraolímpiadas na cobertura multimídia feita pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) no site China 2008.