Economista sugere prudência na condução da política econômica

10/09/2008 - 13h43

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - OBrasil precisa manter políticas econômicas prudentes,num momento em que o mundo vive um “quadro internacionalextraordinariamente complicado”. A afirmação édo economista Paulo Nogueira Batista, que participou hoje (10) doseminário em comemoração aos 200 anos doMinistério da Fazenda. Naopinião dele, o estado brasileiro não pode dependerexageradamente de financiamento, por isso é necessárioter uma política fiscal independente. “Manter déficitsmoderados na pior das hipóteses”, afirmou. Alémdisso, ele enfatizou a importância do controle dainflação e do câmbio e impedir desequilíbriosimportantes nas contas externas. “Preocupa a velocidade dedeteriorização das transações correntes[todas as operações do Brasil com o exterior] de2007 para cá. O nível do déficit não éalto ainda, mas a velocidade tem sido bastante acelerada.”Batistaafirmou que, por enquanto, não há uma crise, porque opaís conta com reservas internacionais altas – mais de US$200 bilhões – e entrada de investimentos estrangeirosdiretos suficientes para cobrir o déficit em conta corrente.“Mas não podemos cair no mesmo erro. É importante queo Brasil preserve essa solidez das suas contas externas”,aconselhou. Naopinião do economista, o Brasil também tem que “regularcom cuidado o sistema financeiro, em particular os fluxos” entrefronteiras de capital.