Jobim confirma que não poderá ir à CPI dos grampos esta semana

08/09/2008 - 17h20

Marco Antonio Soalheiro, Iolando Lourenço e Carolina Pimentel
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Defesa, NelsonJobim, confirmou hoje (8) que não poderá comparecer à Comissão Parlamentar deInquérito (CPI) das Escutas Telefônicas Clandestinas da Câmara para prestardepoimento na próxima quarta-feira (10)."Estou com problema. O presidente me convocou parauma viagem na quarta-feira, uma vez que ele vai à Amazônia, eu vouconversar com o presidente da CPI, deputado Itagiba [Marcelo Itagiba,do PMDB do Rio de Janeiro], vou telefonar para ele, para pedir o adiamento", disse Jobim, apósparticipar de almoço com os presidentes Luiz Inácio Lula da Silvae Cristina Kirchner, da Argentina, no Palácio do Itamaraty.Nelson Jobim disse que caberáà direção da comissão agendar uma outra data para o seu depoimento, a partir dapróxima semana. "Espero que na semana que vem, possivelmente quarta-feira da semana que vem", completou Jobim.A CPI das Escutas TelefônicasClandestinas confirmou ter recebido comunicado do ministro Jobim de que não poderá comparecer ao depoimentomarcado para quarta-feira, em virtude de viagem com o presidente Lula a Manaus. Jobim foi convocado, por meio de requerimento, paraprestar esclarecimentos e entregar à comissão documentos com a relaçãodos equipamentos adquiridos pela Comissão do Exército para a AgênciaBrasileira de Inteligência (Abin). Sobre a reportagem da revista IstoÉ, que cita oex-agente do Serviço Nacional de Informações (SNI) Francisco Ambrósiodo Nascimento como o coordenador do grupo da Agência Brasileira deInteligência (Abin) responsável por escutas telefônicas de autoridades,a pedido do delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz,ex-coordenador da Operação Satiagraha, Jobim disse que não cabe a elecomentar o assunto."Não acho nada. Isso não me diz respeito. Esse é umassunto que deve ser esclarecido no inquérito, com o prosseguimento doinquérito. Espero que isso dê resultado", disse.Em nota, divulgada ontem (7), a Abin negou que o ex-agente faça parte de seu quadro de funcionários.