Vacinação contra rubéola na Amazônia conta com 12 aeronaves

30/08/2008 - 11h31

Amanda Mota
Repórter da Agência Brasil
Manaus - Organizada para levar vacinas contra a rubéola e o sarampo às populações que moram em áreas de difícil acesso na Amazônia, a Operação Gota conta com 12 aeronaves, disponíveis para missões até o mês de dezembro. Cada equipe transportada nos aviões e helicópteros é formada por oito técnicos. O objetivo é fazer com que a rubéola seja erradicada no estado e em todo o país.De acordo com os Ministérios da Saúde e da Defesa, as missões são realizadas em conjunto com os estados e municípios contemplados pela operação. As equipes levam às comunidades vacinas, seringas, gelo e material de expediente e alimentação. Até o fim do ano, a Operação Gota contará com o trabalho de 320 técnicos.O público-alvo da Operação Gota, que começou em abril, é formado por homens e mulheres entre 20 e 39 anos. "Não importa se a pessoa já tomou a vacina ou teve a doença. Toda pessoa na faixa etária-alvo da campanha tem que se vacinar", ressalta a coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde, Marília Bulhões. A Amazônia, afirma Marília, precisa de estratégias específicas de atendimento por causas das dificuldades de deslocamento entre os municípios.Como o Amazonas faz fronteira com outros países da América do Sul, a vacinação nessas áreas foi garantida por meio de um acordo estabelecido entre o Brasil e os países vizinhos para garantir a imunização em todos os territórios."Apesar de todas as dificuldades, não duvidamos que a Amazônia vai atingir a meta. Por causa das condições geográficas e das dificuldades de acesso a algumas comunidades da Amazônia, a Operação Gota tem um calendário diferenciado e pode ser estendido até o fim deste ano. Além disso, está garantida a vacinação nas áreas de fronteira. Se a população dos países vizinhos também não estiver protegida, o risco da doença será mantido", disse a coordenadora nacional do PNI.A vacinação contra rubéola só deve ser evitada por pessoas com alergia aos componentes da vacina ou com baixa imunidade, como no caso de indivíduos com Aids. Além desses casos, a vacinação é contra-indicada para gestantes, porque a vacina pode provocar a doença no feto. Crianças nascidas de mulheres que contraírem a rubéola durante a gestação podem ter a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), que acarreta problemas mentais e cardíacos, surdez ou cegueira.