Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente LuizInácio Lula da Silva disse hoje (23) que o Brasil tem sido alvo de"leviandades", ao rebater as críticas sobre o aumento da produçãoagrícola e de biocombustível no país. SegundoLula, quando o Brasil deixa de ser o coadjuvante e passa a ocupar papel de destaque na questão agrícola, "as pessoas ficam incomodadas”.“As pessoas começama ficar incomodadas com o Brasil. Até com leviandades contra oBrasil”, afirmou ao participar de cerimônia de comemoração aos 35 anos daEmpresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), noPalácio do Planalto.O presidente Lulavoltou a defender que o aumento no preço dos alimentos nãotem relação com a produção debiocombustível. Para o presidente, ninguém comenta oimpacto do aumento do preço do petróleo naprodução de alimentos.“Essas pessoas nuncafizeram uma crítica ao preço do petróleo quesalta de US$ 30 para US$ 120”, disseO presidente afirmou que as críticasà produção de biocombustível sãouma forma dos países ricos continuarem com a políticade protecionismo aos seus agricultores. “O que estáescondido atrás desse debate? A manutenção davelha política dos países ricos de manterem seussubsídios aos produtos agrícolas para os seusagricultores”, disse.“Nós nãodeveremos nos preocupar, porque esse debate nós ganhamos.Ganhamos economicamente, ganhamos tecnologicamente, e vamos ganharpoliticamente”, completou. Ainda segundo opresidente, o Brasil precisa investir em pesquisa para nãoperder espaço para outros países. “Certamente a Embrapavai ter problema. Vai ter um monte de gente que não vai gostarque a Embrapa se meta a ajudar a África, a ajudar a AméricaLatina, a ajudar o Caribe, porque eles gostam muito de nós,desde que nós não saiamos do nosso terreiro. E nósqueremos visitar outros quintais”, afirmou.