Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A elevação da taxa básica dejuros para 11,75%, determinada hoje (16) pelo Comitê dePolítica Monetária do Banco Central (Copom), pode terefeito negativo na taxa de investimento produtivo. A afirmaçãoé do presidente do Conselho Regional de Economia do Rio Grandedo Sul, Paulo Roberto Lucho. Para Lucho, o maior impacto será nosinvestimentos produtivos, onde o país precisa crescer paracombater a inflação. Ele registrou que o consumo, noano passado, aumentou 7%, superando o crescimento da economia, queficou em 5,4%. Para Lucho, essa defasagem deveria ser compensada commais investimentos, para não gerar pressão de preçosinternamente.

Na análise do economista, oaumento praticado agora e a sinalização já dadapelo Banco Central de que haverá novas elevaçõesna taxa Selic “inviabilizam as questões de programaçãode investimento no país. Esse é o maior problema, domeu ponto de vista”.

Ele é contra o aumento daSelic, porque considera que a inflação acumulada noBrasil “na realidade, é muito mais fruto do aumento de‘commodities’ [produtos agrícolas e mineraiscomercializados internacionalmente], e de alimentos, como soja, trigoe milho”.