Ação da PF na Casa Civil não foi busca e apreensão, afirma Tarso Genro

09/04/2008 - 0h48

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Justiça, Tarso Genro, negou hoje (9) que a Polícia Federal (PF) tenha realizado uma ação de busca e apreensão ontem (8), na Casa Civil, ao recolher seis computadores para investigar quem vazou informaçõessigilosas que integram o suposto dossiê com dados sobre gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.Segundo Tarso Genro, o que ocorreu foi um procedimento normal para o andamento do inquérito. “Não houve busca e apreensão, é um equívoco frontal essa informação. O que houve aqui na verdade foi o início de um inquérito e a entrega dos computadores para a realização de perícia. Não sei de onde foi tirada essa informação de que houve busca e apreensão ou de que houve apreensão de computadores. É um equívoco”, afirmou.Questionado se a presença de policiais federais na Casa Civil não seria uma marca negativa para o governo, o ministro respondeu que não e que a ação reflete transparência. “Absolutamente, é uma marca positiva, um governo transparente e que vai fazer um inquérito policial adequado para verificar a existência de um delito.”Reportagem publicada hoje no jornal O Estado de S. Paulo afirma que o inquérito da PF vai se estender à autoria do suposto dossiê e aos motivos pelos quais ele foi feito. Indagado sobre a possibilidade, Tarso Genro disse “não, isso é a imprensa quem está dizendo” e que as investigações estão seguindo um curso normal.No início da semana, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o vazamento de informações sigilosas que integram o suposto dossiê. Na ocasião, o ministro afirmou que apenas o vazamento das informações seria investigado.O diretor-geral da PF em exercício, Romero Menezes, determinou a abertura de inquérito depois de o Ministério da Justiça ter encaminhado pedido da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para que o caso fosse investigado.Tarso Genro falou com a imprensa após participar do lançamento da Campanha Brasileira dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, no Palácio do Planalto.