Complexo Petroquímico do Rio terá corredor ecológico

31/03/2008 - 7h38

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A preocupação com a questãoambiental e a preservação de áreas de manguezais e de Mata Atlântica levaram aPetrobras a lançar, no Dia do Meio Ambiente de 2007, o Corredor Ecológico doComplexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Desenvolvido com diversos parceiros, o projeto tem o objetivo de integrar o manguezal existente na região à MataAtlântica, por meio de extensa área replantada pelo Comperj.

Já foram plantadas 2.500 mudas de cerca de 30diferentes espécies na Fazenda do Viveiro, em Sambaetiba, uma dasprimeiras propriedades negociadas pela Petrobras na área do projeto. Esse foi,segundo a assessoria da estatal, apenas o primeiro lote de um total de 3,6 milhões de mudas que farão parte do corredor ecológico.O convênio foi firmado com aEmpresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)  e, segundo estudos preliminares daPetrobras, o projeto incluirá 1 milhão de metros quadrados de mata ciliar doRio Macacu, 500 mil metros quadrados de mata ciliar do Rio Caceribu e cerca de10 milhões de metros quadrados de áreas não-edificantes - equivalentes aaproximadamente um terço do terreno do empreendimento.Será feita a recomposição de mata ciliar e da vegetação de transição demanguezal para Mata Atlântica, além da valorização e preservação de áreas devegetação remanescente. Cerca de um milhão de mudas serão utilizadas nasatividades de reflorestamento. São mudas de diferentes espécies,identificadas pela Embrapa como compatíveis com o ecossistema local.“O complexo contará ainda com uma unidade para tratamentodos esgotos sanitários, efluentes industriais, águas pluviais e águas ácidas.Uma vez purificadas, essas águas serão novamente utilizadas inúmeras vezesdentro do próprio complexo, ao invés de serem lançadas nos rios”, informaboletim da empresa sobre o projeto.

Ele informa, também, que osistema de efluentes do Comperj é, “pela sua escala de eficiência”,  inédito no Brasil A reutilização só não serácompleta, pois 6% da água, embora não represente risco ao meio ambiente, acabase tornando salgada.

Para ampliar a oferta deágua tratada na região, principalmente para reforçar o atendimento ao municípiode Itaboraí, a estatal brasileira assinou no último dia 14 convênio com aCompanhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae).

Com investimentos previstos deR$ 30 milhões, o convênio ampliará o sistema Imunana-Laranjal e fornecerá mais100 litros/segundo - sendo 50 litros/segundo às obras do Comperj e os outros 50litros/segundo à comunidade de Porto das Caixas,  distrito de Itaboraí, próximo ao complexo.