Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), disse hoje (31) que quem cometeu abusos no uso do cartão corporativo deve ser punido se forem comprovadas as irregularidades. Ele se referiu ao caso da ministra daSecretaria Especial de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Seppir), Matilde Ribeiro, que gastou R$ 171 mil com o cartão corporativo no ano passado e terá esses gastos investigados pela Controladoria Geralda União (CGU)."Eu creio que se foi apurado e a ministra tiver cometido abusos, cabe ao presidente julgar isso, demiti-la ou não. Agora, não por conta da repercussão, porque ninguém vai demitir, vai penalizar ninguém, e achoque o presidente não vai fazer isso só para atenuar a repercussão junto ao Congresso", afirmou.Ontem (30), a Câmara e o Senado começaram a discutir a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o uso indevido do cartão corporativo. O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) disse que está conversando comlíderes de todos os partidos para buscar apoio à instalação da comissão.Além da ministra Matilde Ribeiro, o ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin, também terá os gastos no cartão corporativo investigados pela CGU.