Companhia Siderúrgica Nacional é investigada por morte de metalúrgico

17/12/2007 - 20h20

Raphael Ferreira
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) Marco Antônio Sevidanes da Matta disse hoje (17) que o órgão vai chamar a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) para esclarecer os procedimentos de segurança utilizados no dia em que um empregado terceirizado da empresa morreu eletrocutado.A morte do metalúrgico Alexandre Ferreira, de 29 anos, ocorreu em Volta Redonda (RJ), na quarta-feira da semana passada, dia 12. Ele foi eletrocutado quando fazia a manutenção de um forno da CSN.O rapaz trabalhava para a empresa prestadora de serviços Sankyu. No dia seguinte à morte dele,procuradores e auditores fiscais do MPTestiveram no local para apurar a denúncia de funcionários, segundo a qual, o metalúrgico estaria molhado ao entrar em contato com uma luminária.Segundo o procurador, a CSN não poderia permitir que ele trabalhasse nessas condições. Sevidanes da Matta disse que o metalúrgico usava todo o equipamento de segurança da CSN. A descarga elétrica que matou o rapaz foi de 110 volts."A CSN será chamada pelo Ministério Público do Trabalho para informar sobre os procedimentos de segurança utilizados na ocasião. Caso constatada a responsabilidade da empresa, ela pode sofrer auto de infração por parte dos auditores fiscais", disse o procurador. "Se for provado que a CSN não tomou as providências necessárias, inclusive para prevenir incidentes semelhantes no futuro, será ajuizada uma ação civil pública contra a empresa".A CSN informou que está apurando o caso na Sankyu e no MPT. Segundo o procurador, após os laudos da Polícia Civil e do Instituto Médico Legal de Volta Redonda, os auditores fiscais poderão saber se a CSN ou a Sankyu devem ser responsabilizadas.