Instituto vê com cautela projeções de aumento da oferta de gás

12/12/2007 - 19h17

Hugo Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente doInstituto Acende Brasil, Cláudio Sales, foi cauteloso aocomentar a projeção do Ministério de Minas eEnergia para o aumento da produção de gásnatural no Brasil. Após participar de audiência públicana Câmara dos Deputados, ele ponderou as estimavas oficiais edisse que os anúncios em torno do potencial energéticonacional são alterados com freqüência acima doaceitável.“Não vejo, nasinformações que estão sendo prestadas,combinadas com o histórico de mudanças de plano emcurto tempo, elementos suficientes para avaliar com segurançao que deve acontecer com o abastecimento”, afirmou. O Instituto Acende Brasil desenvolve estudos eprojetos que visam à promoção da transparênciae da sustentabilidade do Setor Elétrico Brasileiro.A limitaçãodo fornecimento de gás para distribuidoras do Rio de Janeiro eSão Paulo, estabelecido pela Petrobras desde o dia 30 deoutubro, foi citado por Sales como comprovação dasconstantes mudanças das políticas governamentais paraprodução de energia. “Um bom exemplo paramostrar a inconstância dos planos do governo e da Petrobras éa diminuição do fornecimento de gás natural paraas distribuidores de gás do Rio de Janeiro. O mercadoautomotivo foi fortemente incentivado nos últimos anos paraaumentar o consumo de gás. Agora muda tudo e dizem para por opé no freio. Falta um pouco de transparência nessasquestões para que a sociedade possa se posicionar de maneiracorreta”, avaliou. O Acende Brasil, antigaCâmara Brasileira de Investidores, foi fundado no final do ano2000, logo após a crise energética que estabeleceu oracionamento de energia elétrica em várias partes dopaís. O instituto declara como missão o atendimento deinteresses sociais por meio do empreendedorismo e da aplicaçãode capital privado. Diversos estudos na área de energia esustentabilidade são financiados pela organização.