Bancada do PSDB mantém voto contra prorrogação da CPMF

12/12/2007 - 16h44

Iolando Lourenço e Priscilla Mazenotti
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Em reunião encerrada há pouco, a bancada do PSDB no Senado manteve a posição de votar contra a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e da Desvinculação das Receitas da União (DRU). O líder do partido, Arthur Virgílio (AM), disse que os apelos de "última hora" do governo não convencem os tucanos."Os 13 senadores do PSDB vão votar contra. Não há mais tempo para negociar. Seria falta de respeito. Não somos birutas de aeroporto para ir de um lado para o outro", disse Virgílio.A última sinalização do governo, de acordo com o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), seria prorrogar a CPMF por apenas um ano, prazo em que seria feita a reforma tributária. "Essa proposta é inviável, até porque, se fosse alterada a CPMF, a proposta teria de retornar à Câmara dos Deputados. Além disso, a proposta não foi formalizada", afirmou."O PSDB está aberto para negociar, mas só negocia com a proposta colocada na mesa. Não dá para negociar de última hora, é necessário tempo", afirmou o senador Marconi Perillo (GO). "Há disposição de todos para dialogar, mas não há disposição de ninguém para engolir nada, garganta adentro, sem que haja algo factível, concreto, sério e que possa ser confiável", acrescentou.Perillo disse que a bancada não vai deixar de discutir propostas concretas que sejam colocadas à mesa e que sejam a favor do país, mas não se comove com os apelos dos governadores a favor da CPMF. "Ninguém está se negando a discutir. Há uma semana, os governadores não estavam sendo levados em consideração. Eu já fui governador e sei como são essas coisas. Respeito os argumentos deles, mas é preciso que se coloquem questões concretas à mesa para que as sugestões sejam negociadas. A primeira preocupação do Brasil deve ser com a saúde", afirmou.O senador disse que é necessário tempo para que propostas como desoneração tributária, da folha de pagamento, mais recursos para a saúde, redução dos gastos públicos, sejam colocadas à mesa para serem discutidas pelo partido e debatidas com a sociedade. "Agora não dá para o PSDB resolver o problema. Havendo algo concreto, o partido vai negociar. Havendo tempo para se discutir e se debater com a sociedade", completou.