Débora Xavier e Wellton Máximo
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O Ministério da Previdência desistiu de leiloar a folha de pagamento dos mais de 25 milhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão foi comunicada após reunião hoje (11) entre o ministro da Previdência, Luiz Marinho, e representantes dos bancos conveniados com o INSS.Segundo o Ministério da Previdência, a idéia de leiloar a folha de pagamento foi deixada de lado para evitar transtornos aos beneficiários do INSS, como a necessidade de mudança de banco.Caso os bancos comprem o direito de pagar aposentadorias, pensões e auxílios, o governo economizaria os custos de distribuir os benefícios por meio dos bancos oficiais. Além disso, a União arrecadaria recursos com a venda das folhas. “Trabalhamos com a convicção de haverá uma precificação [fixação de preços] onde eles [os bancos] passariam a remunerar o INSS para manter esse serviço”, explicou Marinho.Apesar de recuar do leilão, o governo encontrará uma maneira de economizar recursos com o pagamento dos aposentados e pensionistas. Durante o encontro, foi fechado um acordo para que as 23 instituições financeiras que têm convênio com a Previdência não cobrem, até 31 de agosto do ano que vem, tarifas do governo pelo serviço.De acordo com Marinho, o ministério deixará de pagar R$ 250 milhões. Para ele, a isenção das tarifas serve de preparação para a venda da folha de pagamento. “Esse caminho é sem volta, a não ser que estudos cheguem a conclusão que de fato o serviço dá prejuízo aos bancos o que de forma alguma acreditamos nessa possibilidade”, afirmou o ministro.