Amanda Mota
Repórter da Agência Brasil
Manaus - A família do governador de Roraima, Ottomar de Souza Pinto, que morreu hoje (11) em Brasília, ainda não se pronunciou oficialmente sobre os horários de velório e sepultamento do corpo. A informação foi dada, há pouco, pela Coordenadoria de Comunicação Social do governo do estado. Ottomar de Souza Pinto, de 76 anos, faleceu no início da tarde, no Instituto do Coração (Incor-DF), em decorrência de problemas cardíacos, depois de sentir-se mal no hotel onde se hospedava. Em nota, a coordenadoria informou que o governador estava em Brasília para participar de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em que seria discutida a questão da transferência de terras da União para Roraima.O vice-governador de Roraima, Anchieta Júnior, e a primeira-dama Marluce Pinto, além de outros parentes do governador, viajaram para Brasília assim que receberam a notícia da morte de Ottomar. Brigadeiro da Aeronáutica, Ottomar de Souza Pinto foi o primeiro governador eleito do estado de Roraima (1991-1994). Nascido em 19 de janeiro de 1931, fez os estudos primários e secundários na cidade de Petrolina, em Pernambuco, onde nasceu. Iniciou a carreira militar em 1948, quando ingressou na Escola de  Aeronáutica de Campos dos Afonsos (1948), no Rio de Janeiro, na condição de cadete e saindo como aspirante em 1952.Em 1973, concluiu o curso de estado-maior da Aeronáutica, no Rio de Janeiro. Nos Estados Unidos, fez dois cursos demestrado, nas áreas de transporte aéreo e pavimentação. Além disso, chefiou a Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (Comara).Em 1979, foi nomeado governador do então território federal de Roraima, no início do governo do presidente João Batista Figueiredo, permanecendo no cargo até abril de 1983. Foi deputado federal constituinte (1986-1990), juntamente com a esposa, Marluce Pinto. Em 1990, foi eleito governador do estado de Roraima. Em 1996, foi eleito prefeito da capital, Boa Vista. O último mandato do governador Ottomar de Souza Pinto teve início em 10 de novembro de 2004, quando ganhou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, o direito de assumir o governo em substituição a Francisco Flamarion Portela, cassado por crime eleitoral durante a campanha de 2002.