Seminário para o segundo inventário do efeito estufa apresenta balanço do carbono

09/12/2007 - 17h56

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A ComissãoInterministerial do Clima, do Ministério da Ciência eTecnologia, realizou no fim de novembro o primeiro seminário para subsidiar oSegundo Inventário das Emissões de Efeito Estufa, quando a organização da sociedade civilde interesse público Economia e Energia (E&E) apresentou oBalanço de Carbono nas Atividades Energéticas doBrasil. O estudo foi encomendado pelo Ministério da Ciênciae Tecnologia.O secretárioexecutivo da comissão, José Domingues Miguez, informouque baseado na experiência do primeiro inventário, acomissão está tentando, nesse segundo trabalho,melhorar as partes onde foram notadas imperfeições. Miguez explicou que nocaso do balanço energético nacional, a parte referenteao metanol está misturada com álcool no primeiroinventário. A idéia da comissão, nesse novodocumento, é separar os dois produtos, porque o etanol érenovável e o metanol vem do gás natural, e por isso éconsiderado um combustível fóssil.O segundo inventário,de acordo com Miguez, vai incluir a parte denominada de “fugitivasde emissão” dentro do setor energético, tanto naparte de petróleo e gás natural, como na produçãode carvão. Por emissões fugitivas entende-se quaisquerpoluentes lançados no ar ambiente, sem passar primeiro poralguma chaminé ou duto projetados para dirigir ou controlarseu fluxo.Miguez explicou queessas emissões fugitivas serão calculadas com base eminformações da Petrobras e do setor de carvãomineral. Outro assunto queconstará do inventário de emissões de efeitoestufa é o uso da terra e florestas. Os dados serãoelaborados pela Fundação Nacional de Ciências,Aplicações e Tecnologia Espacial (Funcat), ligada aoInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), enquanto a parteagrícola será coordenada pela Empresa Brasileira dePesquisa Agropecuária (Embrapa). Do acordo com Miguez, será dada ênfasetambém à parte de tratamento de resíduos.O secretáriodisse que além de todos esses estudos, as emissões quenão são ligadas a energia em setores como alumínio,cimento e indústria química, serão calculadasdiretamente junto a cada segmento. “O trabalho maisdifícil para nós é a parte de uso da terra eflorestas. Este ano, no segundo inventário, nós estamostentando usar todas as imagens de satélite do Brasil, que são460. No primeiro inventário, foi feita a sobreposiçãode imagens de satélites de desmatamento com as imagens demapas de vegetação. Nesse agora, a gente vai tentarfazer a sobreposição com mapas de solo, além devegetação e desmatamento”.