Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os líderes da oposição na Câmara dos Deputados obstruiram, nesta tarde, os trabalhos da Comissão de Constituição e de Justiça (CCJ) e, com isso, conseguiram impedir a apreciação e discussão de qualquer matéria na Casa. Prometida ontem (12) pelos oposicionistas, a obstrução vai se estender da CCJ ao plenário, e é uma forma de protesto por não ter sido instalada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo.Na CCJ, a obstrução teve início antes mesmo de começarem os trabalhos. O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) apresentou questão de ordem alegando que já haviam transcorrido 30 minutos do horário marcado paro o início da sessão e ainda não tinha sido atingido o quórum mínimo de 31 dos 61 deputados. A questão de ordem foi rejeitada pelo presidente da comissão, Leonardo Picciani (PMDB-RJ). Em seguida, o quórum foi atingido e a sessão iniciada.O deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) apresentou novo questionamento, afirmando que a ata da sessão anterior da CCJ deveria ter sido publicada duas horas antes da nova sessão para ser votada. O deputado José Genoino (PT-SP) contestou a questão de ordem, e o presidnete da CCJ também indeferiu o pleito e mandou que a ata fosse lida. Novos questionamentos foram feitos para impedir a realização da sessão. Com isso, teve início a Ordem do Dia no plenário da Câmara ,e a reunião da CCJ teve que ser encerrada. Entre as matérias constantes na pauta de votações estava o proejto de lei que cria o Regime Penitenciário de Segurança Máxima, destinado aos presos envolvidos com organizações criminosas. Para amanhã (14), está prevista a apresentação do parecer do deputado Colbert Martins (PMDB-BA), relator do recurso do líder do PT, Luiz Sérgio (RJ), contestando a instalação da CPI do Apagão Aéreo.