Governo quer dobrar número de farmácias populares até final do ano

11/03/2007 - 9h38

Bárbara Lobato
Da Agência Brasil
Brasília - Até o final de 2007, o Ministério da Saúde quer aumentar de274 para 600 o número de unidades da Farmácia Popular. Para alcançar oobjetivo, segundo o diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica eInsumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Manoel Santos, o governo vaicomeçar a construir novas 100 unidades. E terminar as 326 novas unidades, emfase de construção.O programa, que funciona desde 2004, já abrange 221 municípios. Sãoaproximadamente 2,5 milhões de pessoas atendidas por ano pelo programa. Mas oobjetivo é mais amplo. "A Farmácia Popular foi criada para atender,aproximadamente, 25% da população que têm convênios médicos particulares oupúblicos, mas que não têm condições financeiras para comprar os remédios",explicou.Além das unidades próprias, o programa Farmácia Popular conta com redesconveniadas, que são redes particulares que, em parceria com o Ministério daSaúde, vendem antiflamatórios e remédios contra hipertensão e diabetes com até90% de desconto.“São 3.200 unidades conveniadas no Brasil e que vendem remédios mais baratos.Para o consumidor que não tem condições de adquirir o remédio é muitovantajoso”, disse Santos. Segundo tabela do ministério, um comprimido de 10miligramas de Enalapril (medicamento contra hipertensão) pode custar nasFarmácias Populares e conveniadas aproximadamente R$ 0,06. Em farmácias normaiso comprimido do mesmo remédio pode chegar a R$ 0,46.São Paulo é o estado com maior número de unidades em funcionamento. São 54farmácias habilitadas no estado. Já no Mato Grosso ainda não há nenhumafarmácia popular. De acordo com Santos, seis unidades serão inauguradas aindaeste ano no estado.Depois que entra em funcionamento, cada unidade da farmácia popular recebe R$10 mil do governo para gastos com água, luz, telefone e funcionários. AFundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Ministério da Saúde, também ofereceos remédios para que sejam vendidos ao consumidor com desconto.Para ter acesso aos medicamentos da Farmácia Popular, o usuário precisaapresentar a receita médica e o CPF. Segundo Santos, apresentar o CPF é umaforma de evitar abusos da automedicação. “Para ter acesso só àquele medicamentoo usuário tem acompanhamento de um farmacêutico. Com isso, há como observar aevolução do tratamento e a validade do medicamento”. Em redes conveniadas,ressaltou Santos, só é necessário apresentar a receita médica.   Caso a farmácia queira se filiar ao Ministério, precisa atender critériossanitários, como profissionais inscritos na Agência Nacional de VigilânciaSanitária (Anvisa) e estar em dia com impostos tributários. Informações sobre a lista completa dos medicamentos e oendereço das unidades credenciadas podem ser obtidas por meio do Disque Saúde(0800 61 1997) ou no portal da internet www.saude.gov.br.