Dilma diz que trabalho na economia torna possível a meta de crescer 5%

28/12/2006 - 14h01

Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff,afirmou hoje (28) que a meta de crescimento econômico de 5% para o país éabsolutamente possível, devido às medidas adotadas nos últimos quatro anos, queresultaram, por exemplo, na taxa de inflação sob controle. “Por que essa metanão é factível num país desse tamanho? Hoje é absolutamente possível porquefizemos um trabalho”, avaliou a ministra, em café da manhã com jornalistas noPalácio do Planalto.Dilma Rousseff acrescentou que a meta é para ser perseguida, mas não representaum número fechado. “Não necessariamente você tem de acertar no zerinho. NoBrasil, se ficar abaixo [da meta], a casa cai”. Segundo ela, a definição dameta tem o objetivo de mobilizar a equipe de governo, para que trabalhem com aidéia de que “estamos no mesmo barco e vamos remar na mesma direção”.“Como se movimenta, se mobiliza e coloca toda a capacidade de organização paraatingir objetivo se não tiver meta? O objetivo é acelerar o crescimento dopaís”, ela disse, ao acrescentar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva“sempre tratou os 5% como uma meta de crescimento acelerado”.A ministra também falou sobre as medidas que estão sendo elaboradas pelogoverno para impulsionar o crescimento econômico. Segundo Dilma Rousseff, elaspassam pelo aumento de investimentos em infra-estrutura e pela desoneraçãofiscal para estimular os investimentos privados. “Queremos ampliar osinvestimentos, acelerar o crescimento, para isso estamos falando emdesoneração”.De acordo com ela, desde 2003, o governo “fez as coisas que eram possíveis, semaventureirismos”. A ministra disse ainda que quando o presidente Lula tomouposse no primeiro mandato o quadro no país era de instabilidade em relação àinflação, instabilidade externa e fragilidade fiscal.“Nos quatro primeiros anos de FHC [Fernando Henrique Cardoso] houve déficitprimário. Depois, nos outros quatro anos, fizeram um superávit insuficiente.Nós tivemos de fazer um superávit maior”, completou.