Nova penitenciária federal contribui com "efeito psicológico", diz diretor do Depen

21/12/2006 - 14h24

Rosamélia de Abreu e Helen Bernardes
Repórteres de A Voz do Brasil
Brasília - A nova penitenciária federal, inaugurada hoje em Campo Grande (MS), representa maisum avanço no esforço para neutralizar líderes do crime organizado e presos dealta periculosidade que atuam dentro dos presídios estaduais. A avaliação é dodiretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) doMinistério da Justiça, Maurício Kuehne.ParaKuehne, a nova penitenciária, a segunda de sua categoria no país, tem um "efeito psicológico" sobre os presos de todo o país.“A massa carcerária tende a ter um comportamento adequado,sob a pena de os estados virem a pedir o isolamento  também essaslideranças negativas e nos encaminhar para os presídios federais", dizele. "Opropósito é fazer com que os presos de alta periculosidade  possamser neutralizados. É preciso minimizar  a situação em que presos de dentro do presídio comandem crimes fora da cadeia”, explica o diretor.Kuehne lembra que a primeira penitenciária federal,com 208 vagas, funciona há quase seis meses em Catanduvas (PR). Segundo ele, o governo federal já recebeu 300 pedidos detransferência de presos para presídios federais e, até omomento, 99 já foram atendidos.A nova penitenciária tem 208 vagas, com 12,6 mil metros quadrados, celasindividuais e equipamentos de segurança que incluem desde coletores deimpressão digital, detectores de metais até câmeras de vídeo, quegarantirão 24 horas de monitoramento. Kuehne informouque, em 2007, serão inauguradas mais duas penitenciárias federais: emMossoró (RN) e Porto Velho (RO).