Polícia Militar do Rio quer usar escutas para investigar casos internos de corrupção

19/12/2006 - 18h19

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Hudson de Aguiar Miranda, disse hoje (19) que a corporação precisa adquirir de um equipamento para realizar escutas telefônicas, a fim de melhorar suas investigações sobre corrupção interna. O oficial admitiu que a prisão do comandante do Batalhão de Bangu (zona oeste da cidade), coronel Celso Nogueira, na sexta-feira (15), só foi possível porque a Polícia Federal dispunha desses recursos para investigá-lo.Na semana passada, em duas operações, a Polícia Federal prendeu mais de 70 policiais militares suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas e a chamada máfia das máquinas de caça-níqueis (jogo ilegal). Segundo o coronel, o equipamento de escuta, chamado de Guardião e orçado em cerca de R$ 800 mil, foi requisitado à Secretaria Estadual de Segurança Pública. “A gente quer melhorar, para dar uma resposta e não permitir que essas pessoas, travestidas de policiais, pratiquem atos criminosos. A Polícia Civil já possui o equipamento”, disse Aguiar Miranda.De acordo com o comandante da PM, permanecerá preso o coronel Celso Nogueira, suspeito de manter ligações com quadrilhas de caça-níqueis, até que a Polícia Federal repasse o relatório da Operação Gladiador, que continua em andamento.