Fórum do Sistema Nacional de Cultura avalia ações realizadas em 2006

19/12/2006 - 16h13

Ivan Richard
Da Agência Brasil
Brasília - Fazer um balanço das ações voltadas à promoção dacultura realizadas em 2006 por prefeituras e governos estaduais e federal é oprincipal objetivo do Fórum do Sistema Nacional de Cultura: Experiências em Debate,que acontece hoje (19), em Brasília. A idéia do encontro é apresentarexperiências bem sucedidas e utilizá-las na consolidação do Sistema Nacional deCultura (SNC), criado em 2005.O secretário de Articulação Institucional doMinistério da Cultura, Marcio Meira, disse que nos últimos quatro anos oministério entendeu que o fortalecimento de políticas da promoção da cultura sóserá efetivo se contar com a participação dos três níveis de governo e tambémda população.Segundo Meira, ao longo de um ano, cerca de 2 milmunicípios, em 21 estados, assinaram o protocolo de intenções espontâneo secomprometendo a criar condições institucionais para o fortalecimento deprojetos culturais como determina o Sistema Nacional de Cultura.“Mas muito ainda precisa ser feito. Esse é umprocesso lento, gradual, de construção de um sistema público cultural como aeducação já tem feito há alguns anos”, afirmou. “Então, a cultura começa esseprocesso, porque é importante ter a perspectiva de que a cultura é um direitode todo o cidadão brasileiro”, completou o secretário.Para o coordenador da Rede de ArticulaçãoCultural e Socioeducacional de Pernambuco (Reação) , Cleto Machado, quetrabalha com comunidades carentes da periferia do Recife, a criação do SistemaNacional de Cultura foi fundamental para a inclusão das periferias no processode construção cultural do país."Esse sistema devolve para gente o que foiroubado”, afirmou. “Dizer que periferia não gosta de teatro é o maior absurdodo mundo. A gente quer uma política pública de cultura para o país e o sistematraz isso."Na avaliação do coordenador, no ano que vem seráimportante que a sociedade civil, as comunidades das periferias e a classeartística reivindiquem o controle do sistema. “A gente almeja isso há muitotempo. Porque, às vezes, os prefeitos e os gestores fazem a política da áreapra eles. Mas o sistema não. Ele vem para discutir uma política cultural para opaís, estados e municípios”, finalizou.