Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, confirmou, na tarde de hoje (19), que seu sucessor só será definido em janeiro. Horas antes, o porta-voz da Presidência da República, André Singer, havia informado que Bastos permaneceria no cargo durante o próximo mês.“Ele [presidente Lula] me disse que vai definir a situação do Ministério da Justiça depois das festas”, afirmou Bastos, após participar da solenidade de sanção do projeto de lei que trata da súmula vinculante, no Palácio do Planalto.Bastos afirmou que não conversou hoje com o presidente sobre possíveis substitutos, mas acredita que os ministros das Relações Institucionais, Tarso Genro, e Sepúlveda Pertence, do Supremo Tribunal Federal (STF), continuam cotados, citados pela imprensa e pelo próprio ministro, em entrevista à Agência Brasil. “Não conversamos sobre nomes hoje. Esses nomes [Tarso e Pertence] já surgiram e continuam, eu acredito, cotados”, explicou.Questionado sobre o que fará quando deixar o ministério, Bastos respondeu: “Vadiar um pouco e depois, advogar, mas de leve”. O ministro afirmou que não precisa cumprir quarentena, porém deixará de advogar por algum tempo em determinadas áreas, como STF e Polícia Federal. Na solenidade no Planalto, Lula chamou Bastos de "grande republicano" e lembrou que o ministro era contra a adoção da súmula. “Ao ver sua tese ser derrotada no Congresso Nacional, eis que, com todo sorriso, está entre nós Márcio Thomaz Bastos, como exemplo maior da força de uma nação republicana”, disse o presidente.