Taxas de mortalidade infantil deverão continuar em queda até 2030, diz pesquisa

14/12/2006 - 13h42

Aline Beckstein
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As taxas de mortalidade no primeiro ano de vida e dos menores decinco anos de idade no Brasil deverão manter-se em  declínio até2030, atingindo taxas inferiores ou iguais a dez mortes para cada milnascidos vivos, em todos os estados das regiões Sudeste e Sul, além dosestados de Goiás e de Mato Grosso do Sul. As estimativas são dapesquisa indicadores Sociodemográficos, do Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE), divulgada hoje (14) no Rio.De acordo com a pesquisa, a taxa de mortalidade infantil nacional ficará em torno de 11,53 mortes em cada mil crianças - no ano passado, esse número foi de 25,8 por mil. Até o quinto ano de vida, em 2030, será de 15,98 por mil. Nos últimos 25 anos, a redução ficou em torno de 63% e, entre 2000 e 2005, em 14,3%.A avaliação é que o Brasil irá cumprir o quarto Objetivo do Milênio, que diz respeito à redução da mortalidade na infância. Mas as desigualdades regionais irão persistir: Santa Catarina, Distrito Federal e Rio Grandedo Sul devem ficar com taxas de oito por mil, contrastando com as projetadas para Alagoas, 19,4 por mil, e o Maranhão,16,1 por mil. O Rio Grande do Sul, que no ano passado apresentou a menor taxa de mortalidade, passados 25 anos, deverá se manter essa posição, assim como Alagoas, que ficou na última colocação no ranking nacional. Em 2005, a mortalidade infantil no Rio Grande do Sul ficou em 14,3 para cada mil e em 2030, deverá passar para 7,3 mortes para cada mil nascidos vivos. Alagoas, que teve o pior resultado no ano passado, com 53,7 mortes para cada mil nascidos vivos, deverá se manter na última posição, caindo para 19,4 mortes.