PF prende mulher que se diz a maior cafetina do Brasil

14/12/2006 - 17h05

Flavia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A Polícia Federal prendeu hoje (14) sete pessoas acusadas de fazerem parte de uma quadrilha que aliciava e traficava mulheres para prostituição. As investigações da chamada Operação Afrodite foram indiciadas há seis meses e envolveram, somente nesta quinta-feira, cerca de 100 policiais. O esquema era liderado por Jiselda Aparecida de Oliveira, conhecida como Jiji, que se intitula como a maior cafetina do Brasil, devido à sua atuação nesse tipo de esquema há pelo menos 30 anos, segundo informou à Polícia Federal.De acordo com o delegado responsável pela operação, Flávio Luiz Trivela, os detidos aliciavam mulheres e modelos para a prostituição tanto no Brasil quanto no exterior. Os criminosos eram procurados por clientes que forneciam o perfil desejado e recebiam dos agenciadores por correio eletrônico um catálogo de fotos das pessoas selecionadas. “Existe uma gama muito grande de clientes de todas as camadas sociais que procuravam os serviços dessas pessoas”.Trivela também informou que o valor cobrado pela quadrilha dependia do perfil da garota escolhida e do poder aquisitivo do cliente. “Os valores variam de R$ 500 a R$ 20 mil reais. Algumas garotas eram levadas para o exterior por meio de pacotes”. Conforme o delegado, a Polícia Federal apreendeu com Jiji um vasto cadastro de clientes, além de um álbum com fotos de desconhecidas, modelos e mulheres em exposição na mídia, além de e-mails com informações sobre o negócio. A Polícia Federal também gravou conversas telefônicas que comprovaram a atividade de Jiji.Trivela afirmou que as investigações continuarão e que os criminosos responderão pelo crime de formação de quadrilha, tráfico de mulheres, rufianismo e por promover e intermediar transporte de pessoa para prostituição. As penas variam de um a oito anos de reclusão.