Origem do dinheiro pode não ser descoberta, mas PF já sabe "fundamental" sobre dossiê, diz Thomaz Bastos

14/12/2006 - 13h37

Aloisio Milani
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, defende a investigação da Polícia Federal no caso da negociação do dossiê contra políticos tucanos. Em entrevista transmitida pela Radiobrás, o ministro admitiu que a origem do dinheiro pode não ser descoberta, mas os investigadores já sabem o "fundamental" da investigação."E no fundamental isso aqui já deu certo. Já se descobriram os autores, já se descobriu quem fez, como fez, quando fez e onde fez. Agora a origem do dinheiro algumas vezes não se consegue descobrir", afirma. A Polícia Federal elaborou dois relatórios parciais sobre as investigações e ambos foram divulgados com autorização da Justiça Federal do Mato Grosso. O ministro fez um elogio às atuações da Polícia Federal nos quatro anos do governo Lula, quando esteve à frente do Ministério da Justiça. Segundo ele, por esse critério deve ser avaliado também o caso da negociação do dossiê entre petistas e ex-funcionários da campanha de Lula com o empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin. "Muitos crimes aconteceram no Brasil que não foram desvendados. E ultimamente essa mudança de atitude, essa impessoalidade da Polícia Federal tem feito uma diferença grande como toda a população do Brasil nota. Antigamente era uma coisa. Hoje é outra. Não se pode falar em nenhum momento durante esses quatro anos em encobertamento, perseguição ou em proteção", fala.