Governo quer concluir reforma tributária e realizar reforma política, diz Dulci

13/12/2006 - 20h07

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci, disse que as prioridades do segundo mandato do governo Lula é a conclusão da reforma tributária e a realização da reforma política. Ele deu a declaração após acompanhar reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com representantes dos movimentos sociais, quando eles entregaram uma carta com propostas de desenvolvimento.As reformas foram alguns dos temas da reunião, realizada no Palácio do Planalto. Sobre a reforma da previdência, o ministro disse que o governo “não vai propor uma reforma constitucional da Previdência”, mas “vai realizar uma reforma administrativa” para tornar o setor mais eficaz.No encontro, Lula disse para os líderes dos movimentos que pretende criar um fórum para discutir os entraves da presidente. O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues, afirmou que os movimentos colocaram “que são contrários” às reformas previdenciária e trabalhista.De acordo com o representante da Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (Abong), José Antonio Moroni, a proposta das entidades é que as mudanças na previdência incluam quem ainda não é contemplado pelo sistema. “Ele concorda com isso, mas não entrou em detalhes”, disse.Na carta entregue ao presidente, a Coordenação de Movimentos Sociais (CMS) cita que há "muitas especulações na imprensa e, ao mesmo tempo, claras manifestações de setores empresariais e de setores que participam da base governamental no Congresso" para defender as reformas trabalhista, da previdência e sindical."Queremos lhe dizer, sr. Presidente, que todos os movimentos sociais estão conscientes de quais interesses partem estas iniciativas e que, unitariamente, nos mobilizaremos para garantir que todos os direitos sociais sejam preservados e ampliados. Não podemos aceitar nenhum direito a menos para o nosso povo", registra a carta.