Sindipetro inicia protesto contra Rodada de Licitações

28/11/2006 - 7h16

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ)promove, agora de manhã, em frente à sede da Petrobras, no centro doRio, ato de protesto contra a realização da Oitava Rodada de Licitaçõesde Áreas para Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural nasbacias sedimentares do país.

Osindicato é contra o que chama de "privatização das reservaspetrolíferas brasileiras", estimadas, segundo a categoria, estimadas "em torno de 100 milhões de barris em cada área".

Emnota, o sindicato lembra que os leilões da Agência Nacional do Petróleo(ANP) foram criados no governo Fernando Henrique Cardoso pela Lei nº9.478/97. "O presidente Lula disse em 2003, quando tomou posse, que o5º leilão do petróleo seria realizado porque já estava sendo anunciado.No entanto, ele não parou os leilões seguintes. Agora, a ANP vairealizar a Oitava Rodada de Licitações de Blocos Exploratórios. Segundoespecialistas do setor, o Brasil só tem petróleo para mais dez anos deauto-suficiência”, afirma a nota.

Ospetroleiros também vão protestar contra o que chamam de “discriminaçãocontra aposentados, novos e anistiados” por parte da Petrobras.

Namanifestação, o Sindipetro-RJ vai lembrar que os aposentados são osprincipais responsáveis pela auto-suficiência e pelos lucros daPetrobras. Eles pagaram – e ainda pagam – à Petros para receber até 90%do que receberiam se estivessem na ativa. “No entanto, a companhiapretende mais uma vez dar reajuste salarial diferenciado à categoria”,afirma a nota.

Desde a últimasexta-feira (24), 13 sindicalistas, sendo duas mulheres, ocupam a sededa Petrobras no Rio. O sindicato acusa a estatal de estar mantendo-os“em isolamento forçado”. Segundo o sindicato, a gerência de RecursosHumanos havia concordado em disponibilizar computador e acesso aopessoal de apoio, responsável pela logística de alimentação e materialde higiene pessoal para os petroleiros. “No entanto, o gerente deAmbiência, Jorge Cândido, determinou que fosse cortado o acesso acomputador e internet e proibiu a entrada do pessoal de apoio ao local,levando o grupo a enfrentar problemas principalmente com higienepessoal. A alimentação está sendo fornecida pela empresa”, diz a nota.