Petroleiros protestam contra leilão da ANP no Rio

28/11/2006 - 13h24

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Um grupo de 13 sindicalistas ainda ocupa a sala do setor de Recursos Humanos da Petrobras, no Centro da cidade. A ocupação já dura quatro dias e se realiza em protesto contra a Oitava Rodada de Licitações de áreas para exploração e produção de petróleo e gás, promovida hoje (28) pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).Em frente ao edifício-sede da empresa, vários manifestantes fazem um ato público. Segundo Edison Munhoz, um dos diretores do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro, os leilões da ANP podem ser considerados como privatizações. “A venda do nosso petróleo na verdade é um crime de lesa-pátria. A gente está vendendo uma matriz energética importantíssima. Não tem sentido continuar com esses leilões que, na verdade, significam privatização”, disse o sindicalista.Munhoz informou que refinarias como as de São José dos Campos e Cubatão, em São Paulo, a da Bahia, e o terminal da Transpetro, no Pará, aderiram à mobilização, inclusive com paralisações durante trocas de turnos. “A tendência é a gente aumentar a mobilização, podendo inclusive ter a parada de unidades”, afirmou.Os petroleiros também estão em campanha salarial e reivindicam, entre outros itens, o fim dos reajustes salariais diferenciados para trabalhadores da ativa e aposentados da Petrobras.