PDT encontra-se com Lula para discutir possível aliança

27/11/2006 - 21h35

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reúne-se nesta terça-feira (28), às 10 horas com representantes do Partido Democrata Trabalhista (PDT) para tratar de apoio a seu governo. Segundo o presidente nacional do PDT, deputado federal Carlos Lupi (RJ), o partido quer ouvir o que o presidente Lula pensa. "Será uma reunião para ouvirmos as colocações do presidente. Vamos ouvir o que o presidente pensa, que papel o PDT poderia desempenhar numa possível aliança".O senador Cristovam Buarque (DF), que foi candidato do PDT à Presidência da República contra Lula, não aprova uma aliança do partido com o governo. Mas afirma que o irá seguir o que a maioria do partido decidir pelo apoio ele aceitará a posição partidária. "Se os outros dirigentes do PDT forem convencidos, eu ficarei junto com eles".Lupi informou que será acompanhado na reunião pelos líderes do partido na Câmara, Miro Teixeira (RJ), e no Senado, Osmar Dias (PR), e pelo secretário-geral da legenda, Manoel Dias. Ele informou que nessa reunião com o presidente Lula não vai sair nenhuma decisão do partido em relação ao apoio ao governo."Vamos ouvir o que o presidente vai nos dizer e depois vamos levar para o partido discutir e decidir se apoia ou não o governo. Os companheiros têm que aprofundar a discussão, pois viemos de umcombate muito duro ao governo atual", disse. "Agora é um novo governo. O presidente Lula está concertando um grande erro do primeiro mandato, agora ele está chamando as instituições para conversar e não está agindo no varejo. Isso é um dado positivo e a gente começa a ter uma compreensão maior para o diálogo".Mesmo elogiando a atitude do presidente Lula de chamar os partidos para o diálogo, Lupi afirmou que isso não quer dizer que o seu partido vá apoiar o governo. "O diálogo se abriu, o que não existia até então. Temos que ouvir, não sei o que o presidente quer da gente. Mas o PDT é um partido que não toma nehuma decisão que não tenha a base programática respeitada. A nossa visão é programática, o Estado precisa se fortalecer em questões fundamentais como a educação para garantir o crescimento, não retirar direitos dos trabalhadores, não mexer nos direitos dos aposentados".Lupi lembrou que o PDT fez oposição ao governo do presidente Lula em todo o primeiro mandato, mas que está aberto ao diálogo para o segundo mandato. Estamos abertos ao diálogo e queremos saber se o que o presidente quer para o futuro do Brasil está em consonância com o que nós queremos".