Eliane Gonçalves
Repórter da TV Nacional
Brasília - O Ministério do Desenvolvimento Social questiona a metodologia utilizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para avaliar o programa de construção de cisternas destinadas a armazenar água da chuva no semi-árido. Segundo o TCU, a previsão é de que o governo federal levaria 16 anos para atingir a meta de 1 milhão de cisternas.O coordenador do programa Construção de Cisternas para Armazenamento de Água, Antônio Cruvinel, disse que o TCU considerou nos seus cálculos a quantidade de cisternas também feitas com recursos de entidades da sociedade civil e não só do governo federal.“Nos cálculos do TCU, foram consideradas todas essas cisternas, porém na hora de fazer o cálculo para saber o prazo que seria necessário, foi utilizado apenas a meta do governo federal que não se confunde com a meta de milhão de cisternas, que na verdade, esse programa 1 milhão de cisternas é originário da própria sociedade civil e a partir de 2003, o governo federal passou a apóia-lo”, explicou.A auditoria do TCU apontou algumas falhas, como rachaduras e problemas com as bombas d'água. Também foi constatado que as famílias não sabem como tratar a água. O relatório diz ainda que algumas regiões do semi-árido ainda não são atendidas pelo programa e cobra mais controle e monitoramento, além de canais para denúncias, críticas e sugestões pela população.O ministério afirma que algumas medidas já foram adotadas. Uma delas é a abertura de uma central de atendimento do programa Fome Zero para o público. Já as rachaduras são nas tampas das cisternas e não afetariam a qualidade da água. O coordenador também avalia que, ao contrário do que apontou o TCU, o programa está atingindo a população carente, público alvo do programa. “Foi elaborado um plano de ação com base nas recomendações do TCU, nas medidas recomendadas. E esse plano de ação se estende até o final de 2007. Existem diversas recomendações, foram feitas 15 recomendações pelo TCU, e essas recomendações com graus variados de complexidade. Algumas já foram até implementadas. A gente estima que até o final de 2007 todas as recomendações sejam atendidas”, concluiu Cruvinel.