Usineiros dominam doações para campanhas em Alagoas

06/11/2006 - 21h19

Juliana Cézar Nunes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os produtores de açúcar são responsáveis pela maior parte das doações declaradas pelos candidatos vitoriosos da eleição de Alagoas. Para fazer sua campanha ao governo estadual, Teotônio Vilela Filho (PSDB) declarou ter recebido R$ 5,5 milhões de usineiros ou empresas ligadas ao agronegócio. Teotônio também declarou ter recebido doações de bancos, como o Mercantil (R$ 200 mil) e BMG (R$ 15 mil).O senador eleito Fernando Collor de Mello (PRTB), ex-presidente da República, declarou arrecadação total de R$ 385 mil. A maior parte dos recursos – R$ 178,1 mil – são do próprio candidato. Depois dele, quem mais investiu na campanha foi a Usina Caeté (R$ 100 mil), segunda produtora nacional de açúcar.Foram registradas ainda contribuições vindas de empresas como a Tecpel (R$ 5 mil) e a Gazeta de Alagoas (R$ 2 mil), jornal pertencente à família Collor de Mello, além de pessoas físicas como Álvaro José do Monte Vasconcelos (R$ 30 mil), presidente da Associação de Criadores de Alagoas. A Usina Caeté, maior contribuinte na campanha ao Senado depois do próprio Collor, pertence ao Grupo Carlos Lyra, segundo maior produtor de açúcar do Brasil. A produção do grupo está estimada em 827,4 milhões de toneladas por ano. A Caeté é uma das cinco usinas do grupo e fica no Vale de São Miguel dos Campos, entre os municípiosde Roteiro e de Barra de São Miguel, de acordo com informações na página do Grupo Carlos Lyra na internet.