Renato Brandão
Da Agência Brasil
São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na cidade de São Paulo fechou o mês de outubro em 0,39%, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A previsão do instituto era de 0,30%. O índice já havia tido alta nos últimos dois meses: 0,25% em setembro e 0,12% em agosto.Mais uma vez, o grupo Alimentação foi o que mais pesou para a alta de preços, com variação de 1,22%. O segundo grupo a ter maior peso foi Habitação (0,43%). Segundo o economista Paulo Pichetti, coordenador da pesquisa, o item carne (bovina e frango) teve o maior aumento individual.A surpresa ficou por conta da subida dos sub-grupo Industrializados – com altas nos preços do arroz, feijão e óleo de soja – e In Natura – principalmente subida das verduras. “Tanto um grupo quanto outro tiveram elevações entre a terceira e a última semana do mês [de outubro], que fizeram com que o grupo Alimentação tivesse um impacto maior sobre o índice”, explicou Pichetti.Segundo ele, o item Verdura é muito sensível às condições de oferta. “Como não podem ser estocados, qualquer mudança na condição de oferta – uma chuva ou uma seca maiores – já muda de forma muito brusca os preços.” O coordenador da Fipe lembra que o item Verdura tende a devolver estas variações ao longo do tempo. Este aumento provavelmente será compensado por uma queda nas próximas semanas.Nas demais categorias, o IPC da Fipe apresentou as seguintes variações: Transportes (-0,18%), Habitação (0,43%), Despesas Pessoais (-0,10%); Saúde (0,16%); Vestuário (-0,09%); e Educação (0,09%).De acordo com a fundação, o aumento da conta de água e esgoto em São Paulo no mês de setembro também contribuiu em 0,11% com a inflação do último mês, o que representou um quarto do total da variação dos IPC.O IPC da Fipe mede o preço de produtos e serviços ao consumidor, com renda entre 1 a 20 salários mínimos (R$ 350 a R$ 7 mil) do município de São Paulo.