No Pará, eleitores votam pela educação, cidadania e Amazônia

29/10/2006 - 19h51

Mylena Fiori
Enviada especial
Belém - Apesar de poucas filas, o movimento foi intenso durante todo o dia na maioria das seções eleitorais de Belém, capital do Pará.Alguns eleitores fizeram questão de comparecer às urnas com broches, bonés e camisas de seus candidatos – a manifestação individual é permitida pela legislação eleitoral. Muitos preferiram camisetas da seleção brasileira, mostrando que estavam ali não por obrigação, mas pelo exercício da cidadania.“O cidadão tem o direito, por meio do voto, de escolher seus governantes e traçar os destinos do país e de sua cidade”, disse o músico José Roberto Teixeira, de 52 anos.Vestida de verde e amarelo, a costureira Raimunda Costa de Oliveira, 49 anos, diz ser fundamental avaliar o histórico dos candidatos e a responsabilidade que eles têm com o eleitor. “Se não escolhermos a dedo a pessoa que vai governar o estado e o país, vamos amargar por quatro anos. É muito importante votar”.Também vestido com as cores da bandeira nacional, o bancário Augusto Sérgio, 42 anos, acha fundamental o exercício do voto. “Votar faz parte da democracia e quero sempre estar contribuindo com isso”, afirma, acrescentando que escolhe seus candidatos a partir da honestidade e das propostas para as áreas de saúde e educação.O feirante João Sérgio Nascimento, de 43 anos, prioriza emprego. “Estou com 43 anos e, infelizmente, tenho só até a 8ª série. As portas de trabalho se fecham para mim. Por que isso? Sou um cidadão brasileiro, uma pessoa sadia, tenho condições de trabalhar”.O sociólogo Oscar Martins Júnior, 55 anos, tem outra prioridade: a preservação da Amazônia. “Espero que olhem essa região com mais carinho e menos desamor, com menos ganância. Essa floresta vale muito mais em pé do que deitada".