Adriana Brendler
Repórter da Agência Brasil
Rio de janeiro - A alta no preço dos alimentos fez a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subir para 0,29% em outubro, acima da taxa de 0,05% registrada em setembro.Com o resultado, divulgado hoje (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o acumulado do ano está em 2,22%. Nos últimos 12 meses, o indicador tem alta de 3,41%.O IPCA-15 mede a inflação com base nos preços praticados desde a última quinzena do mês anterior até o fechamento da primeira quinzena do mês atual. O índice serve como prévia do IPCA, que consolida a inflação de cada mês e é adotado pelo como a taxa oficial de inflação.Em outubro, o aumento nos preços dos alimentos, que passaram de uma deflação de 0,06% em setembro para 0,47% neste mês, foi o principal responsável pela alta na taxa do IPCA-15. Por causa do período de entressafra, as carnes subiram 3%, enquanto o quilo do frango aumentou 7,12%. O tomate ficou 21,46% mais caro que em setembro.Também tiveram alta os preços do cigarro, que passaram de 0,92% para 2,91%, depois do reajuste do início do mês em algumas regiões, bem como os de artigos de vestuário, que variaram de 0,12% para 0,80%.O indicador foi pressionado, ainda, pelos reajustes nos salários de empregados domésticos (1,39%), embora a variação tenha sido menor do que a do mês anterior (1,97%).A taxa regional mais alta foi registrada em Belém (0,67%), onde os alimentos subiram 1,37%.  A menor variçação ocorreu em  Brasília, onde o índice ficou em 0,04%.  

O levantamento é feito com famílias de renda entre um e 40 salários-mínimos e residentes em 11 regiões metropolitanas do país. Os dados foram coletados no período de 13 de setembro a 11 de outubro e comparados com os vigentes de 15 de agosto a 12 de setembro.