Forças Armadas e IML fazem operação para tentar resgatar corpos desaparecidos no acidente

13/10/2006 - 12h01

Juliana Andrade e Aloisio Milani
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Militaresda Força Aérea Brasileira (FAB) e do Exército,bombeiros e peritos do Instituto de Medicina Legal (IML) concentram asbuscas pelos últimos corpos das vítimas do Boeing737-800, da Gol Linha Aéreas, que caiu há duas semanasna terra indígena Capoto Jarina, no norte do Mato Grosso, apóschocar-se com um jato Legacy, que seguia para os Estados Unidos. Atéagora, foram encontrados 149 corpos ou restos mortais. O aviãotinha 148 passageiros e seis tripulantes.Segundo nota doComando da Aeronáutica, 350 pessoas participam das buscas nolocal. Sessenta deles passaram a noite no local do acidente, em meioa floresta. Somente ontem (12), 134 homens estiveram diretamenteenvolvidos com as buscas no local e na base de apoio dos militares,localizada na fazenda Jarinã (MT). Um grupo de cãesfarejadores também foi enviado para o local, pois as buscasficam mais difíceis na medida em que não há maisgrupos de vítimas junto aos destroços.Entreas estratégias adotadas para as últimas buscas, estáa participação de grupos indígenas da regiãoe a remoção de parte da fuselagem do Boeing 737-800. AAeronáutica confirmou que os militares suspenderam ontem (12)a cabine da aeronave com o uso de macacos hidráulicos ecolchões pneumáticos, mas nenhuma vítima foiencontrada. A operação no local continua hoje.Dototal de corpos enviados para a identificação formal emBrasília, 140 pessoas foram reconhecidas pelos por meio dediferentes tipos de identificação: impressõesdigitais, arcadas dentárias, e exames de DNA, que permitemtraçar ligação genética com os parentes.Ontem, o IML recebeu mais quatro corpos, o que totaliza nove queaguardam identificação.Paraesclarecer as dificuldades atuais do trabalho dos peritos, o direitordo IML José Flávio de Souza Bezerra marcou umaentrevista coletiva às 17 horas de hoje, na sede do instituto.