Especialista diz que Amazônia tem menos prioridades na atenção à saúde

13/10/2006 - 11h27

Aline Bravim
Da Agência Brasil
Brasília - A Amazônia tem menos prioridades na atenção à saúde do queas outras regiões. Quando uma pessoa é atacada por um morcego em outrosterritórios brasileiros, imediatamente ela é vacinada e a situação melhora,evitando a morte. Entretanto, no isolamento em que se encontra a Amazônia,dificulta o processo.Especialistas de oito países, como Bolívia, Brasil,Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Suriname, Peru e Venezuela, além derepresentantes dos Ministérios da Saúde e Agricultura se reuniram em Brasília,para discutir como fortalecer os sistemas de prevenção de raiva transmitida poresses morcegos , chamados de “vampiros”.No encontro foram discutidas as experiências de outrospaíses com a doença e as formas que usaram para combatê-las. “Nós estamosbuscando subsídios internacionais para combatermos esse problema de forma maisprecisa”, disse o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde,Expedito Luna.Segundo Expedito Luna, no que diz respeito à Amazônia, as medidasjá estão sendo tomadas. “Estamos buscando identificar os locais em que ocorremmais agressões para aplicar vacinas preventivas, ou seja, vacinar a população,independente de quem tenha sofrido ataque ou não”, explica.O diretor ressaltou também que no ano passado houve 44mortes por ataques de morcegos, e neste ano o número caiu para dois casos.Segundo Luna, o motivo da redução é a maior atenção que está sendo dada a essescasos, e a um comportamento cíclico da doença, já que a raiva mata os própriosanimais.Além desse encontro, o Brasil vai sediar mais dois eventosinternacionais sobre o tema “combate à raiva”. Desde ontem (12), diretores dosprogramas nacionais de controle à raiva na América Latina se reúnem paradiscutir o problema. No domingo (15) realiza-se um congresso interamericano deraiva, que reúne profissionais de saúde, como médicos e veterinários.