IML ainda não identificou corpos de vítimas do acidente da Gol

04/10/2006 - 20h16

Thiago Brandão
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O diretor do Instituto Médico Legal do Distrito Federal (IML), José FlavioBezerra, informou em entrevista no início da noite, que os dois corpos dasvítimas do acidente com avião da Gol que chegaram ontem (3) a Brasília aindaestão sendo periciados. Ele disse que as impressões digitais dos corpos foramconfrontadas com as de 75 prontuários datiloscópicos de vítimas do acidente e oresultado foi negativo. Segundo o diretor, 141 pessoas que estavam no avião já estãopré-identificadas por informações fornecidas por familiares. As famílias dasoutras 14 vítimas fornecerão as informações assim que chegarem a Brasília. Apré-identificação consiste na catalogação de radiografias, históricos médicos eodontológicos, fotografias e informações sobre cicatrizes, tatuagens e objetospessoais. Bezerra informou que desde o início da semana a PolíciaCivil do Distrito Federal tem feito contato com Secretarias de Segurança Públicados estados para que sejam enviados os prontuários datiloscópicos das vítimasdo acidente. “Se houver qualidade nas impressões digitais desses corpos, todosserão identificados por técnicas de datiloscopia. Caso isso não seja possível,será feita uma análise antropológica, que identifica por marcas corporais, comoas cicatrizes e tatuagens, por exemplo. Em último caso será feita aidentificação por exame de DNA, que é mais caro e demorado”, explicou Bezerra. O diretor disse ainda que os dois primeiros corpospericiados estão politraumatizados, fraturados e em fase de decomposição, masnão apresentam marcas de queimaduras. Disse ainda que a identificação visualnão é possível. O diretor do IML informou que um esquema de segurança comseis viaturas e policiais armados foi montado ao redor do prédio do instituto. SegundoBezerra, o objetivo é preservar a imagem dos corpos. “Curiosos , jornalistas,familiares e até policiais aposentados têm procurado o prédio para tentar veros corpos. Não vamos permitir isso”.