Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Conferência Latino-Americana de Juízes do Trabalho, encerrada há pouco, instituiu a Associação Latino-Americana de Juízes do Trabalho (ALJT), em assembléia conduzida pelo presidente da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), José Nilton Pandelot. O encontro, iniciado ontem (27), contou com a presença de juízes da Argentina, Bolívia, Brasil, Cuba e  Uruguai."Esse é o marco formal da aglutinação da magistratura trabalhista latino-americana, que passa a ter um organismo supranacional de defesa da independência judicial e do Direito do Trabalho", afirmou Pandelot. Os fundamentos da nova entidade, segundo ele, visam “à construção de um novo modelo de magistratura, que se  constitui num grande desafio”.O presidente da Anamatra lembrou que “para ser democrática e independente, a magistratura precisa ser transparente nas suas ações, lutar pela ampliação do acesso à Justiça, melhorar a qualidade do seu serviço, ser confiável, lutar contra o corporativismo e o nepotismo, abandonar práticas vetustas e, principalmente, assegurar a plena independência judicial”.  Pandelot defendeu a preservação da tutela estatal ao trabalhador e que os juízes se oponham “firmemente, à desregulamentação, à flexibilização, à precarização do trabalho". A nova associação, que pretende manter ligação estreita entre os juízes dos países do Mercosul, será presidida por Grijalbo Fernandes Coutinho. Os vice-presidentes serão o argentino Mário Helfman, para o Cone Sul; o boliviano Ivan Campero Villaba, para os países andinos; e o cubano Antonio Raudilio Martin Sanchez, para América Central e Caribe. O secretário-geral será Hugo Cavalcanti Mello Filho e a diretora de Valorização e Prerrogativas dos Juízes do Trabalho, a uruguaia Julia Myriam Odella Feijó.