Serviços e administração pública puxam crescimento do emprego formal em 2005

27/09/2006 - 18h43

Cecília Jorge
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O total de postos de trabalho com carteira assinada criados em 2005 foi de 1,831 milhão, o que representa crescimento de 5,83% em comparação com 2004. No ano passado, 33,239 milhões de pessoas estavam no mercado de trabalho formal. O dado faz parte da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgada hoje (27) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.De acordo com o levantamento, o número de trabalhadores celetistas neste período cresceu 5,97%. Foram 1,474 milhão de novos postos de trabalho pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Já os empregados estatutários – funcionários públicos e militares – aumentaram 5,32% (357 mil empregos).As informações foram declaradas por 2,724 milhões de empresas, 3,73% a mais do que no ano anterior. De acordo com a Rais, todos os setores registraram aumento no nível de emprego em 2005. Em números absolutos, o destaque foi para o setor de serviços, responsável pela geração de 609,5 mil empregos (crescimento de 6,16%), seguido da administração pública com 444,1 mil empregos (aumento de 7,48%) e indústria de transformação, com 206,6 mil empregos (3,49%). Em termos relativos, o melhor desempenho foi da construção civil, que registrou crescimento de 11,34% no ano, gerando 126,8 mi empregos. Já o setor agrícola apresentou um resultado muito abaixo do de 2004: com 4,7 mil novos postos de trabalho, teve crescimento de 0,36% em 2005. Já em 2004, o aumento foi de 8,11%, com a geração de 98 mil empregos.O ministro Luiz Marinho disse que é preciso continuar criando condições para a geração de emprego formal, como a aprovação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que está em tramitação no Congresso Nacional. Segundo ele, a aprovação da lei deve facilitar a abertura de novas empresas e conseqüentemente de novas vagas de trabalho.Com relação aos estados, a Rais apontou que São Paulo apresentou o melhor resultado absoluto, empregando mais 487,6 mil pessoas no ano passado. Outros destaques foram Minas Gerais (259,8 mil empregos), Bahia (138,7 mil) e Rio de Janeiro (131,6 mil). Em termos relativos, o melhor desempenho foi registrado no Amazonas (11,31%), seguido do Espírito Santo (10,57%), Bahia (9,51%), Sergipe (8,49%) e Goiás (8,26%).A Rais identificou também aumento de 2,14% do salário médio real em 2005 em comparação com o ano anterior, passando para R$ 1.135,35. Os dados mostram ainda diferenças na remuneração média entre os estados: no Ceará, é de R$ 777,18 e, no Distrito Federal, de R$ 2.285,34.