Thaís Brianezi
Repórter da Agência Brasil
Manaus - O presidente do Sindicatodos Bancários no Amazonas, Sindberg Barbosa dos Santos, informou hoje que 1,2mil bancários de Manaus aderiram à paralisação nacional da categoria. Elesrepresentam metade da categoria na capital amazonense. Em todo o estado,existem 2,9 mil bancários.“Apenas as agências daCaixa Econômica Federal estão completamente fechadas. Os outros bancos estãofuncionando parcialmente”, contou Santos. “Os colegas do interior estãotrabalhando em estado de greve, esperando a decisão nacional de paralisar asatividades por tempo indeterminado”. A greve de 24 horas de hojeé uma estratégia da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro(Contraf) para pressionar a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) nasnegociações por reajuste salarial.  NoAmazonas, a assembléia decidiu ontem, no final da tarde, aderir ao movimento.Santos lembrou que o lucrodos bancos neste primeiro semestre ultrapassou a casa de R$ 1,5 bilhão na CaixaEconômica Federal; R$ 4 bilhões no Banco do Brasil; cerca de R$ 4 bilhõestambém no Bradesco; mais de R$ 3 bilhões no Itaú, mas mesmo assim os patrõesnão reconhecem as reivindicações da categoria.”Nas quatro reuniões que jáaconteceram, os banqueiros disseram que nos dariam zero de reajuste. Issoindignou os colegas, que resolveram forçar a retomada das negociações com umaproposta decente”.O sindicalista informou que a Contraf reivindicaum reajuste de 16,67%, o que representaria a reposição salarial e um aumentoreal (acima da inflação) de 7,05%. Os bancários também lutam por maiorparticipação nos lucros e resultados das empresas.