Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A decisão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de reduzir os custos dos financiamentos à implementação de novos projetos de geração e transmissão de energia elétrica, já vai beneficiar os novos projetos de hidrelétricas que serão leiloados em outubro e que contribuirão para a oferta de energia a partir de 2011. Anunciada hoje, a medida permitirá que os financiamentos a projetos de geração hídrica e térmica, e a linhas de transmissão, passem a ser totalmente indexados pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) – hoje em 7,5% ao ano. Com isso, o custo do financiamento cairá 1,2% ao ano, conforme estimativas do BNDES. Os projetos de energia nova que serão ofertados em leilão pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) somam potência instalada total de 21,096 MW (megawatts), dos quais 8.732 MW decorrentes de fontes hídricas.A EPE habilitou para o leilão 131 empreendimentos que se destinam também a geração de energia de fontes termelétricas movidas a gás natural (5.332 MW), térmicas a óleo combustível (3.586 MW), termelétricas a carvão mineral (1.192 MW), térmicas à biomassa (779 MW), pequenas centrais hidrelétricas (560 MW), termelétricas a óleo diesel (484 MW) e térmicas a co-geração (431 MW).Para o diretor de Infra-Estrutura do BNDES, Wagner Bittencourt, a redução dos custos do financiamento contribuirá para incentivar ainda mais os participantes do leilão: “Afinal, sairão vitoriosos os projetos que apresentarem menor tarifa e quanto menor o custo financeiro, menor deverá ser a tarifa ofertada pelos empreendedores".