Álvaro Bufarah
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Agreve de 24 horas que foi decidida em uma assembléia com mais de mil pessoas nasede do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região pretendepressionar os banqueiros a voltar à mesa de negociação.Adata base da categoria é 1º de setembro, mas após várias tentativas de acordo aFederação Nacional dos Bancos ainda não apresentou uma contra-proposta àcategoria.Opresidente do Sindicato de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino, afirma que"nas rodadas anteriores os patrões tinham se comprometido em trazer umaproposta para ser discutida com a categoria", o que não aconteceu e geroua greve de 24 horas.Osbancários reivindicam aumento real de salários de 7,05%, reposição da inflação,participação maior nos lucros e resultados, mais um salário bruto acrescido deR$ 1.500,00.Noano passado, depois de seis dias de greve em outubro, a categoria conseguiu umreajuste de 6%, mais R$ 1.700,00 de abono e participação nos lucros de R$800,00.Acategoria também reivindica o fim do assédio moral e das metas abusivas; aisonomia de direitos entre trabalhadores aposentados, afastados e de bancos quesofreram fusões; a manutenção do emprego (por meio da proibição de dispensasimotivadas e da ampliação do horário de atendimento com dois turnos detrabalho) e a redução dos juros e das tarifas.Alémdisso os bancários exigem 14º salário, plano de cargos e salários,vale-alimentação de R$ 300; auxílio creche/babá de um salário mínimo;auxílio-educação para todos os funcionários; fim da terceirização de serviços;criação de comissão de segurança bancária; isenção de tarifas para todos osbancários; delegados sindicais em todos os bancos; programa de reabilitaçãoprofissional.LuizMarcolino disse que se os empresários não apresentarem uma proposta digna paraser levada aos bancários a greve poderá ser ampliada depois da nova rodada denegociações, marcada para amanhã (27).AFederação Nacional dos Bancos informou que está preparando uma contra-propostapara apresentar à categoria, mas não indica uma data especifica.Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo,Osasco e Região na semana passada, cerca de 8 mil bancários paralisaram suasatividades em 28 agências e prédios do centro da capital paulista.